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09 de março de 1513.

Giovanni di Lorenzo de Medici é eleito o Papa Leão X

Leão X, 217º Papa da Igreja Católica

Papa Leão X, nascido João de Lourenço de Médici (em italiano: Giovanni di Lorenzo de Medici; Florença, Itália,11 de dezembro de 1475 – 1º de dezembro de 1521) foi o 217º Papa da Igreja Católica Apostólica Romana eleito em 9 de março de 1513, foi consagrado em 19 de março de 1513. Faleceu em 1º de dezembro de 1521.

Ele foi o último não-sacerdote a ser eleito Papa. Ele é conhecido principalmente por ser o papa do início da Reforma Protestante, iniciada por Martinho Lutero por suas 95 teses e por ter sido o último papa a ter visto a Europa Ocidental totalmente católica. Ele era o segundo filho de Clarice Orsini e Lorenzo de Médici, o governante mais famoso da República de Florença. Seu primo, Giulio di Giuliano de Medici, viria a suceder-lhe como Papa Clemente VII (1523-34).

Vida como Papa

Giovanni foi eleito Papa em 9 de março de 1513, o primeiro a ser eleito na Capela Sistina, com apenas 37 anos, no que foi proclamado dois dias depois. Em 15 de março foi ordenado sacerdote e em 17 de março, ele foi consagrado bispo de Roma pelo cardeal Raffaele Riario, bispo de Ostia e Velletri, e decano do Sacro Colégio dos Cardeais. Ele foi coroado em 19 de março de 1513 pelo Cardeal Alessandro Farnese, Protodiácono de S. Eustachio.

Quinto Concílio de Latrão

Durante dois ou três anos de intrigas políticas e guerra incessante, o Quinto Concílio Latrão pode realizar muito pouco. O objetivo principal do concilio era a reforma da disciplina e moral da igreja, que só poderia ser obtida adequadamente com consenso dos reinos cristãos, e tanto Leão e o concílio, não conseguiram obter esse acordo.

Suas conquistas mais importantes foram o registro na sua décima primeira sessão (9 de dezembro de 1516), com a confirmação da concordata entre Leão X e Francisco I, que estava destinada a regular as relações entre a Igreja francesa e a Santa Sé. Leão fechou o concilio em 16 de março de 1517. Ele conseguiu encerrar o cisma pisano.

Guerra de Urbino

O ano que marcou o encerramento do Concílio de Latrão também foi marcado pela guerra de Leão contra o Duque de Urbino Francisco Maria I Della Rovere. Leão tinha intenção de que seu irmão Giuliano e, seu sobrinho Lorenzo, tivessem uma brilhante carreira secular. Ele havia chamado os patrícios romanos, que ele havia colocado no encargo de Florença, para criar um reino no centro da Itália, formado por Parma, Piacenza, Ferrara e Urbino.

A morte de Giuliano em março de 1516, no entanto, transferiu o favoritismo do papa para Lorenzo. A guerra durou de fevereiro a setembro 1517 e terminou com a expulsão do Duque e a vitória de Lorenzo.

Planos para uma Cruzada

O sultão Selim I conseguiu diversos avanços territoriais e começava a ameaçar invadir a Europa ocidental. Consequentemente, Leão sentiu a necessidade de paralisar o avanço do Império Otomano e elaborou planos para uma cruzada. Uma trégua devia ser proclamada em toda a cristandade, ficando o Papa como o árbitro de disputas, o Imperador do Sacro Império e o Rei da França a liderar o exército e Inglaterra, Espanha e Portugal deviam fornecer a frota; e as forças combinadas deveriam ser dirigidas contra Constantinopla. A diplomacia papal para manter a paz falhou, e por conseguinte os planos para uma cruzada, e grande parte do dinheiro arrecadado foi gasto noutros fins.

Em 1519 a Hungria concluiu uma trégua de três anos com Selim I, mas o próximo sultão, Solimão, o Magnífico, recomeçou a guerra em junho de 1521 e a 28 de agosto capturou a cidadela de Belgrado. O Papa demonstrou-se muito assustado, e enviou cerca de 30.000 ducados para ajudar os cristãos húngaros.

Cismas e heresias

Leão foi perturbado por todo o seu pontificado por heresias e cismas, especialmente a Rebelião desencadeada por Martinho Lutero.


Contra errores Martini Lutheri, Bula Papal de 1520.

O cisma protestante

Em resposta a preocupações sobre a má conduta de alguns funcionários da igreja, em 1517 Martinho Lutero postou suas noventa e cinco teses na porta da igreja em Wittenberg. Leão não conseguiu compreender totalmente a importância do movimento, e em fevereiro de 1518 dirigiu-se ao vigário-geral dos Agostinianos para controlar os seus monges.

Em 30 de maio, Lutero enviou uma explicação de suas teses ao papa, em 7 de agosto, ele foi intimado a comparecer em Roma. Um acordo foi efetuado, no entanto, segundo o qual a petição foi cancelada, e Lutero foi para Augsburgo em outubro de 1518 para explicar-se ao legado papal, Cardeal Caetano, mas nem os argumentos do cardeal, nem a bula papal de 9 de novembro fez Lutero retrair-se. Um ano de negociações infrutíferas se seguiram, durante os quais a controvérsia espalhou-se por todos os Estados alemães.

A bula papal adicional Exsurge Domine de 15 de junho de 1520 condenou quarenta e uma proposições extraídas dos ensinos de Lutero, e foi levado para a Alemanha por Eck, na sua qualidade de núncio apostólico. Leão formalmente excomungou Lutero pela bula de 3 de janeiro de 1521.

Foi também sob o pontificado de Leão que o movimento protestante foi criado na Escandinávia. O papa tinha em 1516, enviado o núncio papal Arcimboldi para a Dinamarca. O Rei Cristiano II, que desejava consolidar seu poder, expulsou Arcimboldi em 1520 e convocou teólogos luteranos para Copenhague. Cristiano aprovou um plano pelo qual uma igreja estatal devia ser estabelecida na Dinamarca, todos os apelos para a Santa Sé deviam ser abolidos, e o rei devia possuir a jurisdição final em causas eclesiásticas. Leão enviou um novo núncio para Copenhague (1521), Francesco Minorite de Potentia, que resolveu parcialmente o problema.

Fonte: Wikipédia


Tags: Papa, vaticano, igreja, catolicismo






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