Papa Pascoal II (Rainério) foi um monge camaldulense nascido em Bleda, vilarejo próximo a Forlì, Itália; papa de 13 de agosto de 1099 até à sua morte em 21 de janeiro de 1118, sucedendo Urbano II (1088-1099), em cujo pontificado a confissão auricular transforma-se em artigo de fé (1115).

O monge camaldulense Rainério, foi nomeado cardeal (1080) por Gregório VII. Consagrado no trono, seus dezoito anos de pontificado transformaram-se em uma das fases mais violentas da luta pelas investiduras. Sua ação contra o rei da Alemanha, Henrique V, Imperador Romano-Germânico e contra os antipapas nomeados por este, foi quase sem tréguas, embora não tenha conseguido obter resultados decisivos.

Henrique V era filho do imperador Henrique IV e sua esposa Berta de Saboia, a quem destituiu e tornou-se o imperador, e acirrou a disputa com o papa para se afirmarem como poder maior no mundo ocidental.

O papa convenceu dois antipapas a submissão e os enviou a um mosteiro para se penitenciarem, enquanto que o terceiro desapareceu por falta de seguidores. Conseguiu que o imperador Henrique V fosse a Roma (1110) para ser coroado pelo Papa, após abdicar do direito de investidura.

Com o rei da França, Luís VI, o Gordo, e com o rei da Inglaterra, Henrique I, mesmo depois de algumas divergências, ele conseguiu por fim regulamentar a espinhosa questão das investiduras. Realizou, embora sem êxito, negociações com o imperador do Oriente, Aleixo I Comneno, para uma reaproximação das Igrejas grega e romana. Construiu a igreja de Santa Maria do Povo, em Roma, e instituiu várias ordens de cavaleiros: os Templários, os Teutônicos e os Cavaleiros de São João.

Lutou contra as investiduras e animou as cruzadas, enquanto prelados e nobres dificultaram seu trabalho de reforma. O papa de número 160, morreu em meio a protestos de cardeais e padres que perdiam suas propriedades, exilado pelo Imperador, em 21 de janeiro de 1118, em Roma, e foi sucedido por Gelásio II (1118-1119).

Fonte: Wikipédia